OS TÉCNICOS RUSSOS TENTAM ATIVAR A ROTA DA NAVE ,QUE IA PESQUISAR A MAIOR LUA DE MARTE, COLHER MATERIAL E TRAZÊ-LO DE VOLTA A TERRA
"Temos três dias, já que as baterias continuam
funcionando. Não diria que se trata de um fracasso. É uma situação imprevista,
mas pode ser superada", declarou Vladimir Popovkin, diretor da Roskosmos.
A Rússia lançou a sonda nos primeiros minutos de
quarta-feira. O foguete Zenit que transportou
a sonda Phobos-Grunt (Phobos-Sol em russo) decolou às 00H16 de Moscou
(18H16 Brasília de terça) do cosmódromo russo de Baikonur, nas estepes do
Cazaquistão.
Às 20h28 GMT (18h28 de Brasília) desta terça-feira, ocorreu
a separação da sonda do lançador e foi anunciado que Phobos-Grunt tinha
alcançado sua órbita ao redor da Terra, cujo campo gravitacional deveria
permitir tomar a direção de Marte.
A missão à maior das luas de Marte retoma a exploração russa
do Planeta Vermelho, que havia deixado aos ocidentais com a esperança de
saborear o sucesso de uma expedição interplanetária após 25 anos de jejum.
A missão da Phobos-Grunt tem por objetivo tomar amostras
deste satélite de Marte, em órbita a 6 mil quilômetros do planeta, e trazê-las
à Terra para determinar as características de sua superfície. Também analisará
a origem da maior das duas luas do Planeta Vermelho, assim como a atmosfera
marciana.
Para isso, Phobos-Grunt leva uma aeronave para
"aterrissar" dotada de uma carga útil científica que permitirá que
colete amostras, e um módulo para seu retorno à Terra.
Phobos-Grunt também deveria colocar em órbita em torno de
Marte um satélite chinês Yinghuo-1.Para a Rússia, este lançamento é de grande
importância, já que se trata de sua primeira missão interplanetária depois do
fracasso de Marte 96, lançado em novembro de 1996.
Após uma falha da nave Proton, a sonda caiu no oceano Pacífico,
acabando com as esperanças da Rússia, que contava em reativar seu programa
espacial, em declínio desde a desintegração da União Soviética.
Previsto para 2009, o lançamento de Phobos-Grunt foi adiado
até 2011. A cada dois anos, a distância entre Marte e a Terra diminui, o que
facilita os lançamentos.
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