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Ano 6 - Edição 2451-

- Março

2016 -

Fortaleza-Ceará-Brasil

quinta-feira, 24 de julho de 2014

IMORTAIS DE LUTO POR TRES DIAS, REVERENCIAM ARIANO SUASSUNA:QUEM SUBSTITUIRÁ SUASSUNA NA CADEIRA 32 DA ABL? PONTO DE VISTA DO EDITOR

ABL DECRETA TRÊS DIAS DE LUTO PELA MORTE DE SUASSUNA, O TERCEIRO ACADÊMICO  A FALECER, RECENTEMENTE

A morte do dramaturgo e escritor paraibano,  Ariano Suassuna ,na quarta-feira,( 23), foi lamentada em nota pelo presidente da Academia Brasileira de Letras, Geraldo Holanda Cavalcanti.  Suassuna foi eleito para a cadeira 32 da ABL em 1989, assumindo a vaga no ano seguinte.

No início da noite, após a divulgação do falecimento, o diretor da ABL determinou luto oficial de três dias na instituição.

-À multidão de seus amigos, leitores e admiradores no Brasil e  no mundo, nossa solidariedade pela imensa perda", afirmou Geraldo Holanda Cavalcanti. A bandeira da entidade fica a meio mastro em honra ao ocupante da cadeira 32, que integrava a academia desde 1990.
  
No texto em que relembra a memória de  Suassuna, Geraldo Holanda lamenta outras perdas recentes  de membros da ABL, tais como Rubem Alves e João  Ubaldo Ribeiro, ambos falecidos na última semana.

-No espaço de um mês, é o terceiro grande acadêmico que parte, disse o presidente. Em nome da Academia Brasileira de Letras, Cavalcanti  disse ainda  que "Ariano reunia em sua pessoa as extraordinárias qualidades de homem de letras e de intelectual no melhor sentido da palavra". 

O trabalho do escritor paraibano pela valorização de características culturais do Nordeste nas obras eruditas também foi elogiado por Geraldo Holanda Cavalcanti.

-Não podemos esquecer seu engajamento com o Movimento Armorial, através do qual  buscava revigorar a identidade nordestina, especificamente a pernambucana e suas peregrinações levando, com humor, sua mensagem por todo o Brasil, disse o presidente da ABL


SUASSUNA ESCREVIA SEUS ROMANCES A MÃO

Eis sua explicação para isto ao escrever seu último livro:

-Sobre o romance, não tenho muita liberdade para falar, não. Jornalista de fazer pergunta, e o meu natural é responder, mas a minha editora ficou preocupada porque fui espalhando coisas, e cada jornal botou um pedacinho. Ela disse: 'daqui a pouco quando sair o romance já perdeu a novidade toda'.

Mas eu posso lhe dizer o que tenho dito: sempre fui meio preocupado, porque escrevo três gêneros literários, poesia, teatro e romance. Sou conhecido como dramaturgo (acho que mais por causa do 'Auto da Compadecida' na televisão), menos como romancista, e como poeta sou inteiramente desconhecido. Tem gente que nem sabe que escrevo poesia.

Então nesse livro estou tentando colocar meu teatro, meu romance e minha poesia. Agora, é um livro trabalhoso, porque escrevo à mão e eu mesmo ilustro. Todas as páginas são ilustradas. Hoje mesmo eu passei a manhã trabalhando nele.“

QUEM OCUPARA A CADEIRA 32 DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS?



PONTO DE VISTA DO EDITOR
 Não está na hora dos “imortais” fazerem justiça a outro nordestino, piauiense, que dedicou sua vida as letras, tendo sido agraciado duas vezes com o Premio Walmap de Literatura e a uma centena de outros prêmios em academias estaduais, com uma obra que ultrapassa os cem títulos publicados?

Não estaria na hora de se “perdoar” o ensaísta e critico literário Assis Brasil e resgatar ainda em vida, o romancista de obras consagradas como Beira Rio, Beira Vida; A Filha do Meio Quilo; O Salto do Cavalo Cobridor, Pacamão  ,(Tetralogia Piauiense) ; Os que Bebem como os Cães, As Aventuras do Gavião Vaqueiro e mais recente, A Cura Pela Vida?

Assis Brasil  viveu muitos anos no Rio de Janeiro e  se consagrou como critico literário do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. No Rio também lecionou jornalismo na Escola de Comunicação da UFRJ, militando na imprensa carioca de então, como copy-desk. 

Além dos romances premiados pelo Walmap de Literatura, publicou uma serie de ensaios sobre Willian Faulkner, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Adonias Filho, Rubens Fonseca, João Cabral  de Melo Neto , Manoel Bandeira , Carlos  Drummond de Andrade , entre outros.

Assis Brasil já foi indicado duas vezes para uma vaga na ABL e até agora vem sendo "punido" por sua fase de critico e ensaísta literário, no Rio.

Talvez Assis Brasil não almeje essa distinção entre os intelectuais, por que é nacionalmente reconhecido por sua vasta obra, da qual sempre viveu humildemente.

Laureado por seu publico – principalmente em Teresina  e Parnaiba, esta a terra natal do escritor. Reside na capital do Piaui e  hoje vive da venda de seus  livros e de conferencias em universidades, escolas e empresas.

 Sempre teve o apoio de editores nacionais, (grandes e pequenos), e viveu da venda dos seus livros, sendo um verdadeiro “escritor profissional” – deixando de lado o aspecto romântico de ser apenas um literato.

Moro atualmente em Fortaleza e há muitos anos não vejo o velho mestre e professor. Aqui, acolá, nos comunicamos via telefone: Assis ainda é avesso aos computadores e cria suas histórias na velha maquina de escrever.

Por isso ouso lançar mais  uma vez essa ideia de leva-lo a ABL, para que se faça justiça, pelo menos uma vez as letras nacionais, tão vilipendiadas em muitos equívocos , durante e cinquenta anos depois do golpe de 1964.

Sei que, na sua pureza, simplicidade e alegria, Ariano Suassuna ficaria feliz se Assis Brasil  ocupasse a cadeira 32 , para substitui-lo.

NE: A cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras tem como patrono Manoel de Araújo Porto Alegre e Carlos de Laet, como fundador. Já passaram pela cadeira 32 os escritores Ramiz Galvão, Viriato Correia, Joracy Camargo, Genolino Amado e Ariano Suassuna.


ÓRION LIMA – ESCRITOR E EDITOR DO JM

Um comentário:

Gabriel Pontes disse...

Li os livros de Assis Brasil e José Alcides Pinto quando pequeno. Nada me acrescentou mais.

Esse é o problema do Brasil, só reconhece a obra depois que o autor morre.

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