BRASIL GANHA NOTA 9,25 POR ORGANIZAÇÃO DA COPA E FIFA AINDA FAZ ELOGIOS AO GOVERNO BRASILEIRO
O presidente da Fifa, Joseph Blatter (dir.) e o
secretário-geral, Jerome Valcke durante entrevista coletiva no Maracanã, nesta
segunda-feira (AFP)
A preparação da Copa do Mundo no Brasil gerou alguns desentendimentos entre a a Fifa e o governo brasileiro , fato que agora,
uma vez que a copa foi realizada, ambos troquem elogios, como ocorreu na coletiva de imprensa de avaliação do
torneio realizada segunda-feira (14), no
Maracanã. Felizes com a avaliação de sucesso do evento, o presidente da
entidade, Joseph Blatter, e o secretário-geral Jérôme Valcke exaltaram
organização do Mundial no país.
Indagado sobre qual a
nota que daria para o Brasil como país-sede da Copa de 2014, Blatter usou o bom
humor para a resposta. "Estivemos a noite toda computando os números,
fiquei aqui calculando em todos os nossos computadores, e a nota a que chegamos
é 9,25", brincou o presidente da Fifa e complementou :
"A perfeição não existe, então acho que 9,25 é uma boa
nota."
Na África do Sul, a nota da Fifa para a primeira Copa
realizada no continente africano foi 9. E na Copa das Confederações no ano
passado, Jérôme Valcke havia dito que o Brasil tinha ficado "entre 8 e
10".
A Fifa elogiou principalmente o esquema de segurança montado
para o Mundial, considerando que essa era uma das grandes preocupações da
entidade – especialmente após os protestos da Copa das Confederações no ano
passado.
"Em relação à segurança, todo o trabalho feito foi
excelente. Muitos policiais nas cidades, um esquema muito bom, que garantiu a
segurança de todos os torcedores", disse Blatter.
Falando sobre o Mundial dentro de campo, o presidente da
Fifa colocou a Copa do Mundo no Brasil como uma das melhores em termos de nível
técnico do futebol.
"O que faz essa Copa tão especial foi a intensidade dos
jogos. Logo no início, as equipes começaram com futebol ofensivo, o que foi
raro nas últimas Copas", observou.
"Não dá pra comparar com outra Copa porque toda Copa
tem sua história, mas essa foi excepcional pelo nível de futebol."
Avaliação do governo
O governo brasileiro afirmou que o Brasil atingiu seu
objetivo de provar que é capaz de organizar um evento de grande porte.
"Uma das principais marcas que a Copa do Brasil deixou
ao mundo é a certeza que dá pra combinar eficiência operacional com ambiente de
festa, de celebração, integração, espontaneidade, isso contagiou o mundo
todo", disse o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis
Fernandes.
O secretário apresentou alguns números já apurados da Copa
do Mundo no Brasil que superaram as expectativas do governo.
Em termos de turistas, foram 700 mil estrangeiros entrando
no país somente no mês de junho – a previsão era de 600 mil para o torneio
todo. Segundo Fernandes, as operações aéreas apresentaram uma média de atrasos
de 7,5%, inferior a médias internacionais, disse.
Ministro
alfineta 'pessimismo'
O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, começou seu discurso agradecendo
a Fifa por ter "confiado" no Brasil para realizar a Copa do Mundo e
chegou a ironizar as críticas feitas pela imprensa, principalmente no período
preparatório para o torneio.
Segurança do Maracanã foi reforçada para a final da Copa do
Mundo
"Houve no caso da Copa um estado de espírito de
pessimismo por parte da mídia brasileira, de certa descrença e desconfiança. E
o país superou todos esses desafios e dificuldades", declarou. "Acho
que nós já tínhamos realizado a Copa das Confederações e poderíamos a partir
desse parâmetro calcular que realizaríamos uma Copa do Mundo dentro das nossas
limitações, mas com eficiência."
Aldo Rebelo reforçou a avaliação positiva do governo sobre a
Copa do Mundo no Brasil, mas lamentou as mortes dos dois jornalistas argentinos
durante o torneio, em acidentes de trânsito. Ele não mencionou o trágico
acidente com o viaduto que caiu em Belo Horizonte matando duas pessoas às
vésperas da semifinal do Mundial na cidade.
Ele também negou que tivesse existido uma relação
"conturbada" entre governo e Fifa durante a preparação para o Mundial
– a entidade chegou a criticar o Brasil publicamente por conta dos atrasos na
entrega dos estádios e outras obras, com Valcke dizendo que o país merecia um
"chute no traseiro" para acelerar os trabalho e Blatter comentando
que a Copa no Brasil era a mais atrasada de todas as que ele já havia
vivenciado na Fifa.
"Quando houve diferenças de opinião ou divergências,
nós discutíamos isso de forma franca e aberta, sempre levando em conta o
interesse maior que era organizar o evento. Em geral nosso ambiente era de
cooperação e harmonia."
Investigação dos ingressos
A Fifa foi questionada novamente nesta segunda-feira sobre o
esquema de venda ilegal de ingressos envolvendo a Match – empresa contratada
pela Fifa para ficar responsável pela comercialização dos ingressos da Copa -
desbaratado pela polícia do Rio de Janeiro.
Perguntados sobre o que estariam fazendo para evitar que
novos escândalos como esse acontecesse, tanto Blatter como Valcke só disseram
que a Fifa "luta constantemente" contra possíveis irregularidades na
venda dos tíquetes, que também aconteceram em outras Copas.
"Na África nós tivemos problemas e também tivemos
pessoas presas por isso. Nós na Fifa nunca vendemos ingresso com um preço
diferente do que o que está impresso no papel. Mas esses ingressos estão indo
para parceiros comerciais, federações, e aí o que eles fazem com os ingressos é
o que nós estamos vendo, porque nossa política é de que eles não podem revender
o ingresso", explicou o secretário.
"Não dá pra dizer que a Fifa não está lutando contra
isso, estamos 100% empenhados", disse finalizando.
FONTE; BBC DO BRASIL
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