LAROIÊ,
EXU É MOJUBÁ!
ÍNA ÍNA É MOJUBÁ!
Fico feliz, despreocupado, quando vejo meus
"rebentos" florescendo, enquanto a velha árvore crescendo ainda,
aponta para o infinito e diz quão gratificante foi poder gerar pessoas assim.
Em nossa religião
não maniqueísta, Exu é uma força modeladora, indispensável para a criação dos
arquétipos divinos e seus valores.
Tanto isso é
verdade que nas lendas africanas , ou no Panteão afro-brasileiro, o primeiro a ser
servido e, devidamente "despachado" é exu, a quem chamam de “
mensageiros dos deuses ou orixás”.
Mas, na Umbanda
raiz ou na Esotérica, esse elemento controvertido e fundamental sofreu e ainda
sofre uma serie de discriminações religiosas, por ser sincretizado com o anjo
caído da religião católica, (Satã) ou com o (Baphomet),- Bafomê, arquétipo do
Pã universal, representado pela imagem de um ser com cabeça, patas dianteiras e
pés de bode, com seios de mulher e, em cada braço, respectivamente, com a inscrição "solve" e "coagula."
Para as mentes perversas e preconceituosas tal arquétipo
é demoníaco.
Na verdade ele só representa as forças antagônicas que o Criador teria usado para unir os elementos da matéria (Ar, Água, Fogo , Terra e Éter - os primordiais - hoje mais conhecidos como os 92 elementos da Tabela Periódica que estão em tudo que quimicamente foi criado .
Na verdade ele só representa as forças antagônicas que o Criador teria usado para unir os elementos da matéria (Ar, Água, Fogo , Terra e Éter - os primordiais - hoje mais conhecidos como os 92 elementos da Tabela Periódica que estão em tudo que quimicamente foi criado .
Exu é tão importante na condução dos mistérios da
criação, que é conhecido como "Mensageiro dos Orixás", uma espécie de
“ligan”, sem o qual a criação não seria como é.
Mas pegou a má fama oriunda do
catolicismo e por isso, até mesmo no TARÔ, é chamado de O Diabo, sendo o arcano maior que o representa, o de numero 15.
Em nossos ensinamentos poucos se arriscam a falar em exu,
sem uma aura de medo e preconceitos. No Tarô ele representa o mundo físico, o
dinheiro, as paixões, o sexo, sendo um dos seus símbolos um enorme
"fálus", ou um tridente -(arquétipo mitológico de Prometeu, o deus
dos oceanos, na cultura greco-romana).
Nos cultos afros o
tridente é o para raios de Paracelso, herdado do mundo hermético, através do
esoterismo. O certo é que pouco se ensina sobre exu aos iniciados de primeiros
graus na Umbanda, mas simplesmente, por não se poder ensinar coisas
"ocultas", de tanto poder,( como a Lei de Pemba), a um leigo que
ainda não é senhor de si mesmo, e muito menos dos outros.
Mas todos conhecem essa frase: "Sem exu não se faz
nada!" Assim, todos nós temos o nosso exu, mas o contato com essa entidade
controvertida, - comparada com a eletricidade, pode iluminar e mover centenas de maquinas, e
matar, em segundos, se não for usada adequadamente. Por isso não é dada aos leigos, a não ser na forma de
superstição e fetichismo.
Sai de proposito da analise do conto de Gabriel Pontes,
para mostrar o potencial de sua mediunidade e do conhecimento
"exotérico" (exterior), que ele trouxe nessa encarnação.
Não se fala do que não se conhece, com a maestria, como descreveu seu Zé Pelintra das Almas, enquanto exu, já que muitos na Quimbanda, o consideram um "caboclo misto", ou "metá-metá", como alguns orixás africanos.
Não se fala do que não se conhece, com a maestria, como descreveu seu Zé Pelintra das Almas, enquanto exu, já que muitos na Quimbanda, o consideram um "caboclo misto", ou "metá-metá", como alguns orixás africanos.
“Zé
Pelintra é doutor, bravo senhor”!
Se o
caboclo é Zé Pelintra, cabra do chapéu virado, quem mexer com Zé Pelintra ou
está doido ou esta danado!"
Sendo assim, seja seu "Zé" ou um Tranca Ruas, o
bem ou o mal não existem. Por isso costumam dizer a seus seguidores na
Quimbanda (lado reverso da Umbanda):
- O
pedido é seu , o trabalho é meu!
Sem ranços e sem preconceitos: Sarava Umbanda! Sarava Quimbanda,
todas as giras e cangiras!
Ha mais homem, de carne e osso, agindo como julgam exu, (mau), do que nossa vã filosofia possa
imaginar.Pessoas que não se evangelizaram e que desconhecem o poder do amor e perdão , ensinados pelo Cristo (Oxalá), para nós.
O bem e o mal está dentro de nós e cada médium atrai seus guias segundo sua matriz, seu
coração!
Não importa se ele bebe ou fuma. Os vícios são nossos.
Evolua espiritualmente e vera seu exu bebendo água ou não bebendo nada! A não
ser que seja necessário para desfazer trabalhos de magia negra (goércia), ou
negociando com os que fizeram o mau.
Assim, a mediunidade de Gabriel Pontes nos da outro belo conto paranormal, cheio de
verdades que não tive ainda tempo de lhe ensinar. Já dá par dormir um pouco
mais tranquilo, pois sabemos que voluntariamente, por missão, alguém já nos
segue os passos!
Oura coisa: o
gênero ou a história que escolhemos para nos expressar não importa. O que
importa é a linguagem e nisso Gabriel já mostra a que veio, um “baita” senhor
da linguagem literária!
ORION DE XANGÔ
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Mojubá
Publicado
em 28/10/2014 por gpontes
Pouco mais das
onze da noite a lua grandiosa ocupava quase todo o céu, iluminando as cadeiras
e a mesa onde ele estava com sua namorada e um casal de amigos. Bebia o segundo
litro de cana que compraram aquela noite, já que fatalmente o primeiro
escorregou de seus braços e se encontrou com a mesa de mármore, espatifando o
vidro e jorrando bebida para todos os lados.
Se ainda fosse mais supersticioso diria que foi o “santo”
pedindo uma dose, embora este tenha levado seu litro inteiro. “Um bebum com um
santo alcoólatra!” Falou em tom de chacota para seus colegas que riam e o
ajudava a juntar os cacos de vidro.
A bebida
estranhamente parecia água, não tinha mais o cheiro forte de álcool. Justificou
a todos o deslize pondo a culpa na ventania que surgiu repentina, embora o
local onde estava já o tivesse colocado em algumas situações inusitadas no
passado.
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