PT CONVOCA LULA PARA DEFENDER O
GOVERNO DILMA
O ex-presidente Lula será a principal figura na reunião
convocada para segunda-feira,30, na
capital paulista ,pela direção nacional do partido que iniciou a uma série de
atividades para defender o governo em manifestações populares.
“O PT aposta na figura do ex-presidente Lula para convocar
movimentos sociais a defender o mandato de Dilma Rousseff, em meio a crise política motivada pelo escândalo de
corrupção na Petrobras”, disse à Agência
Efe o deputado federal Paulo Teixeira, sexto mais votado da legenda em São
Paulo.
'Lula tem capacidade de orientar para buscar uma unidade no
discurso de defender o PT. E também tem a capacidade de orientar mudanças no
PT, de exigir maior transparência no partido e defender o governo de Dilma',
disse o parlamentar.
Em 15 de março, quase 2 milhões de pessoas realizaram
protestos nas maiores cidades, o principal deles em São Paulo, contra o governo
da presidente Dilma Rousseff, muitas das quais reivindicavam o impeachment por
conta do escândalo de corrupção na Petrobras.
Segundo Paulo Teixeira, Lula deverá dar impulso ao projeto
do PT de fazer uma reforma política que elimine o financiamento privado de
empresas em campanhas políticas.
O presidente do PT, Rui Falcão, divulgou um vídeo convocando
à militância a iniciar a partir de segunda-feira 'uma verdadeira mobilização
popular' em todos os estados para defender o partido que comanda o país desde
2003.
O governo Dilma apostou suas fichas este ano no plano de
ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que prevê maior
rigorosidade em benefícios sociais, como o seguro de desemprego, o que provocou
a rejeição das centrais sindicais.
Foram exatamente a Central Única de Trabalhadores (CUT), o
Movimento Sem-terra (MST) e a União Nacional de Estudantes (UNE) que preparam
uma mobilização nacional à qual aderirá o PT e parte da esquerda governista
para 7 de abril.
A popularidade da presidente, de acordo com uma pesquisa do
Datafolha, caiu a 13%, isso depois dela ter sido reeleita com pouco mais de
três pontos percentuais de diferença no segundo turno, realizado em outubro do
ano passado contra Aécio Neves (PSDB).
A oposição, por sua vez, não vê mais a figura de Lula como
agregadora como foi em outros tempos, sobretudo depois dos escândalos
relacionados a Petrobras. (WEB)
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