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Ano 6 - Edição 2451-

- Março

2016 -

Fortaleza-Ceará-Brasil

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CAEM MANOBRAS DE EDUARDO CUNHA CONTRA O GOVERNO DILMA: Eduardo Cunha, agora, oposição ferrenha ao governo Dilma, já havia cumprido parte do plano para abrir caminho ao pedido de impeachment da presidente. E a principal aposta da oposição era a análise das contas do Governo petista em 2014, que possivelmente poderiam ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais.



 MANOBRAS DE EDUARDO CUNHA SOFREM DERROTA NO STF E A ARMAÇÃO DO IMPEACHMENT COMEÇA A DESMORONAR NO CONGRESSO
Brasília - Foi frustrada na quinta-feira(13), a manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para acelerar a votação das contas do Governo Dilma na Câmara pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão que garante um alento a presidente Dilma, nos dias turbulentos, que a oposição de Eduardo Cunha  tem “armado para ela”.


O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, definiu que as contas presidenciais terão de ser analisadas em sessões do Congresso Nacional , (Câmara e Senado), e não somente pelos deputados,  desejo de Eduardo Cunha. Essas votações serão postas em pauta  pelo presidente do Congresso,  senador Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado da presidente Dilma.


Eduardo Cunha, agora, oposição ferrenha ao governo Dilma, já havia cumprido parte do plano para abrir caminho ao pedido de impeachment da presidente. E a principal aposta da oposição era a análise das contas do Governo petista em 2014, que  possivelmente poderiam ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais.


Para votar as contas de Dilma Rousseff, e  necessário seguir o rito da Casa: aprovar antes as contas dos Governos dos ex-presidentes Itamar Franco (PMDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  esquecidas pelos parlamentares há anos.


Nos dias 6 e 7 os deputados aprovaram, em votação simbólica, e a toque de caixa, todas as contas passadas. Esperavam agora só a decisão do TCU sobre Dilma para fazer  um pedido de impeachment, que começa a tramitar pela Câmara.


A decisão do Supremo  frustrou as pretensões de Eduardo Cunha, impondo-lhe “a primeira derrota concreta” desde  que anunciou  seu rompimento com o Planalto. Segundo analistas políticos “ o presidente da Câmara  começou, efetivamente, a perder poder, sendo colocado para escanteio pelo próprio partido”.


Na semana que finda, o senador Renan Calheiros e outros peemedebistas apresentaram uma série de propostas para ajudar o Governo a sair da crise, “a chamada  Agenda Brasil”. E Eduardo Cunha não foi chamado para participar dos debates, que  classificou as sugestões como “espumas”.


A sentença do STF é mais uma  prova do fortalecimento de Renan Calheiros.  A decisão do ministro Luís Alberto Barroso atendeu a um pedido de uma senadora  muito próxima do presidente do Senado, Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento.


A parlamentar pediu ao STF que todos os julgamentos de contas de presidentes fossem suspensos porque nenhum deles havia sido feito em sessões conjuntas do Congresso. Luis Alberto Barroso decidiu que apenas os próximos julgamentos devem  ser feitos desta maneira, a decisão ainda cabe recurso decisão.



E não fica so nisto a derrota  politica de Eduardo  Cunha: ele é também  investigado no escândalo da Lava Jato. Ainda na quinta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda a investigação do núcleo político  na operação,  acusou Eduardo Cunha de usar a estrutura pública para promover sua 
defesa pessoal no caso.


No parecer enviado ao Supremo, Rodrigo  Janot diz que Eduardo Cunha “ mistura o  público com o privado em sua tentativa de anular as provas”.


O presidente da Câmara solicitou há três meses que a Advocacia Geral da União entrasse com recurso judicial  ou agravo regimental, na linguagem jurídica, no Supremo , “alegando que o Poder Legislativo e seus membros em particular usufruem da prerrogativa de imunidade parlamentar”.


O objetivo de Eduardo Cunha e anular eventuais provas encontradas na ação de busca e apreensão em seu gabinete no dia 6 de maio. A equipe de Rodrigo Janot havia sido autorizada pelo Supremo, “ a ir atrás de evidências de que o deputado teve participação na apresentação de dois requerimentos feitos pela Câmara em 2011, pedindo auditoria dos contratos entre as empresas Mitsubishi, Samsung e Petrobras”.


Esses  pedidos da Casa,( feitos naquele ano), seriam uma “tentativa de paralisar os negócios dessas companhias, que estariam se negando a pagar propina a Eduardo Cunha”. Mas o presidente da Camara sempre negou  a versão,” alegando que a ex-deputada Solange Almeida, do PMDB do Rio, como ele, era a autora dos requerimentos”.

 A  Procuradoria Geral, porém, solicitou a ação no gabinete para colher provas de que o pedido teria sido elaborado num computador aberto com a senha de Eduardo Cunha, como  publicou a Folha de São Paulo, na ocasião.


Alberto Youseff e o lobista Julio Camargo,  delatores da Lava Jato, confirmaram a versão de que ” Eduardo Cunha e o mentor desses requerimentos, usados para pressionar as fornecedoras da Petrobras a pagar milhões de dólares em propina”.


O procurador Rodrigo Janot encaminhou na quinta-feira (13), os argumentos da Procuradoria ao Supremo para desmontar a ação de Eduardo Cunha.

 Segundo o procurador,  “o único argumento do agravo que sugere evocação de prerrogativa institucional, gira em torno da alegação de uma exótica imunidade de sede da Câmara dos Deputados, que, segundo ele, age como se fosse “não apenas independente, mas verdadeiramente soberana”.FONTE : MSN/WEB

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