EDUARDO
CUNHA ABRIU FIRMAS DE FACHADA NA SUIÇA PARA ESCONDER SEU NOME NAS CONTAS LA
REGISTRADAS
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu empresas de
fachada em paraísos fiscais para esconder seu nome nas contas registradas na
Suíça. A informação foi repassada pelo Ministério Público suíço à
Procuradoria-Geral da República. Autos de uma investigação contra o
peemedebista foram encaminhadas na quarta-feira, 30, para as autoridades
brasileiras.
O DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF , DISSE EM DEPOIMENTO A POLICIA FEDERAL QUE O PRESIDENTE DA CÂMARA FOI O
MENTOR DE REQUERIMENTOS FEITOS NA CASA PARA PRESSIONAR A EMPRESA MITSUI.
Alberto Youssef, disse ainda que ”o presidente da Câmara foi o mentor de
requerimentos feitos na Casa para pressionar a empresa Mitsui, que teria
suspendido o pagamento de propina ao PMDB em 2011. Segundo registros, o texto
que pede investigação da Mitsui foi escrito num terminal do gabinete de Cunha.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
abriu empresas de fachada em paraísos fiscais para esconder seu nome nas contas
registradas na Suíça. A informação foi repassada pelo Ministério Público suíço
à Procuradoria-Geral da República. Autos de uma investigação contra o
peemedebista foram encaminhadas na quarta-feira, 30, para as autoridades
brasileiras.
A Suíça já congelou cerca de US$ 5 milhões em
quatro contas bancárias cujos beneficiários são o presidente da Câmara e seus
parentes.
Uma auditoria interna do banco que guarda esses valores
– cujo nome não foi divulgado – foi responsável pelo informe que levou à
abertura da ação criminal contra Cunha no país europeu por suspeita de lavagem
de dinheiro e corrupção passiva.
Em abril de 2015 a instituição financeira
entregou aos procuradores suíços um informe no qual sugeria que o peemedebista
havia criado uma estrutura para tentar esconder seu nome da conta. Segundo
fontes ouvidas pelo Estado, Cunha abriu empresas de fachada em paraísos fiscais
que seriam as titulares das quatro contas. Seu nome, portanto, apenas
apareceria como um “beneficiário”.
Segundo investigadores da Suíça, a manobra é
normalmente usada por quem tenta esconder algo, seja da Justiça ou de algum
ator exterior. A auditoria do banco suíço também encontrou “disparidades” entre
a renda do deputado declarada e os valores transferidos. Parte dos depósitos
vinham de contas que já estavam sendo rastreadas.
“O Escritório do procurador-geral da Suíça confirma
que abriu um processo criminal contra Eduardo Cunha sob a base de suspeita de
lavagem de dinheiro, ampliando em sequência para corrupção passiva”, informou a
assessoria o procurador-geral Michael Lauber.
Eduardo Cunha foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e
lavagem de dinheiro.
A apuração da movimentação das contas teve início
com a cooperação entre os procuradores dos dois países. A Suíça investiga os
pagamentos relacionados com a Petrobrás desde março de 2014 e, durante meses,
pediu que bancos entregassem à Justiça detalhes sobre dezenas de contas. Até
agora, mais de 300 já foram identificadas e bloqueadas com cerca de US$ 400
milhões. Mais de US$ 150 milhões já estão autorizados a retornar ao Brasil.
Mais de 30 bancos do país passaram a colaborar no
caso, entre os quais Julius Baer, Pictet, Cramer, HSBC e outros de grande
porte. Autoridades suíças chegaram a reconhecer que o “caso Petrobrás” teve um
importante impacto na praça financeira.
O Ministério Público da Suíça repassou à PGR no
Brasil todos os dados obtidos, sem prosseguir com a investigação criminal
contra Cunha. Fundamental na localização das contas atribuídas a Cunha foram os
depoimentos prestados por acusados que fecharam acordos de delação premiada com
a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Os suíços abriram investigações criminais, por
exemplo, contra os lobistas Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando
“Baiano”, e João Augusto Henriques, apontados como operadores”. FONTE:
WEB/ESTADAO/MSN
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