Estrela da Morte: o objeto é formado por uma camada de poeira gigantesca © Mark A. Garlick |
“ESTRELA DA
MORTE” DESTROI PLANETA A 570 ANOS–LUZ DA TERRA
"São Paulo – Cientistas do Instituto Harvard-Smithsonian de
Astronomia observaram algo nunca antes visto na história: um planeta rochoso,
como a Terra, ser desintegrado por uma estrela anã branca. O objeto está a
cerca de 570 anos-luz da Terra, na constelação de Virgem.
A descoberta foi captada pelo observatório espacial Kepler
K2, da Nasa. A missão monitora as sombras produzidas quando ocorre uma colisão
entre um corpo celestre e uma estrela.
De acordo com os dados do Kepler, a luminosidade teve uma
queda regular a cada 4,5 horas, colocando o planeta em uma órbita cerca de 850
mil quilômetros distante da estrela. Isso significa que a extensão entre os
dois objetos é cerca de duas vezes a distância da Terra à Lua.
Esse é o primeiro objeto planetário visto transitando uma
estrela anã branca. “Isso é algo que nenhum humano viu antes”, disse Andrew Vanderburg,
autor do estudo, em um comunicado. “Estamos assistindo a um sistema solar sendo
destruído.”
Vanderburg ainda fez observações adicionais com outros dois
telescópios terrestres, o Minerva e o MMT. Ao combinar os dados captados, o
cientista encontrou sinais de material extra orbitando entre 4,5 e 5 horas.
Além disso, ele descobriu que o choque escureceu a estrela
em 40% e que o rastro do objeto possui o mesmo padrão de um cometa. Assim,
ambas as particularidades sugerem a presença de uma nuvem de poluição em torno
do fragmento.
Segundo os cientistas, a quantidade de poeira é tão grande
que tem a massa do Ceres, um planeta anão de tamanho aproximado do estado
americano do Texas.
Poluição
A descoberta confirma uma teoria sobre a fonte da poluição
por metais das anãs brancas. Geralmente, quando uma estrela atinge o final de
sua vida, ela se torna ainda maior e vermelha. O núcleo quente que resta é
chamado de estrela anã branca e é composto por carbono, oxigênio, hidrogênio e
hélio.
No entanto, o que os astrônomos descobriram é que nem sempre
uma anã branca é feita apenas desses elementos. Na realidade, algumas delas
mostram sinais de metais mais pesados, como o ferro e o silício.
Para os cientistas, esse fato é estranho, pois a gravidade
de uma anã branca é tão forte, que ela quase sempre submerge esses elementos.
“É como a extração de ouro. O material pesado fica depositado no fundo onde nós
não podemos vê-los”, John Johnson, coautor do estudo.
Devido a essa revelação, os teóricos especulam que as anãs
brancas ficaram poluídas, pois consumiram asteroides e planetas rochosos.
Contudo, as evidências nunca eram conclusivas. Agora, “temos uma ligação clara
entre a poluição da anã branca e a destruição de planetas rochosos", diz
Vanderburg.
Os astrônomos ainda não sabem como surgiram esses objetos
rochosos. Contudo, eles afirmam que esses planetas não duram muito tempo,
devido ao calor intenso da anã branca". FONTE: MSN/ Exame.com-Marina Demartini
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