“BRASIL ESTÁ
PRONTO PARA AUMENTAR CONTRIBUIÇÃO AO FMI” AFIRMA DILMA EM CANNES, NA REUNIÃO DO
G20
Cannes - A
presidente Dilma Rousseff anunciou quinta-feira,(3), à cúpula dos chefes de
Estado e de Governo do G20 que o Brasil está disposto a aumentar a contribuição
ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar os países europeus a se
recuperarem da crise econômica. Hoje, o País é o 17º que mais dá dinheiro ao
órgão, o que corresponde a 2,46% do orçamento do fundo.
O anúncio
foi feito por Dilma durante um breve discurso na abertura do G20, no início da
tarde, em Cannes, na França. Ela não deu detalhes sobre os valores que o Brasil
estaria pensando em fornecer, nem sob que condições aconteceria o aumento da
contribuição.
Antes de
ceder a palavra à petista, o anfitrião do evento, o presidente Nicolas Sarkozy,
pediu a Dilma para retransmitir votos de "plena recuperação" ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se tratando de um câncer na
laringe. Sarkozy disse que "nós o amamos".
Já a
presidente iniciou a sua fala afirmando que a Europa é um "patrimônio
democrático que precisa ser preservado", e pediu mais detalhes sobre o
pacote europeu para ajudar os países da zona do euro em crise, como a Grécia.
Dilma observou que "a crise já começa a respingar nos países
emergentes", e portanto é preciso que os países do G20 pensem em soluções
que impulsionem a retomada do crescimento econômico.
O Brasil, afirmou, é
solidário aos países em crise, mas "é preciso liderança, visão clara e
rapidez" dos líderes para acelerar a retomada econômica.
A presidente
disse ainda que os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) estão unidos na decisão de ajudar os europeus a se recuperarem da crise.
Ao contrário
do Brasil, a China está disposta a investir até US$ 100 bilhões diretamente no
Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, afirmou ontem um membro do Banco
Central chinês, Li Daokui. Para isso, "pelo menos duas condições"
devem ser atendidas pelos europeus: que o fundo seja "eficaz" para
ajudar os países em dificuldades na zona do euro e que ofereça mais garantias
para quem investir no mecanismo.
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