OPOSIÇÃO PEDE O AFASTAMENTO DO MINISTRO DO TRABALHO E
EMPREGO, CARLOS LUPI,POR SUSPEITA DE CORRUPÇÃO
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse ontem, que "desde o início do caso Palocci, que foi
o primeiro, eu defendo a tese de que se as denúncias são graves, são
consistentes, e o afastamento é a primeira providência".
O senador critica a postura da presidente Dilma Rousseff,
que ele considera previsível. Para ele, o sangramento público dos ministros
antes do afastamento tem sido a prática do Planalto. Em dez meses de mandato, a
presidente já demitiu cinco ministros por suspeitas de corrupção.
-Essa tem sido a rotina. A presidente adota a postura
de advogada de defesa dos investigados, certamente em função de manter o apoio
partidário e, ao final, o ministro acaba sucumbindo porque acaba não resistindo
às denúncias e às pressões, disse o senador.
Na segunda (7), o PSDB promete fazer uma análise da situação
antes de adotar alguma medida. Nos últimos casos, a oposição tem feito pedidos
de investigação ao Ministério Público e convites para cobrar explicações do
ministros no Congresso Nacional.
Álvaro Dias, porém,
acredita que o convite para falar em comissões no parlamento deve ser revisto:
-O resultado dos esclarecimentos não tem sido favorável,
porque há um esquema de proteção do convidado (por parte da base aliada), a
maioria estabelece uma verdadeira blindagem, disse o senador.
A oposição, segundo ele. defende a saída do ministro do Trabalho e
Emprego, Carlos Lupi (PDT), devido a irregularidades apontadas em reportagem da
revista Veja, publicada no sábado.
Na segunda-feira,(7), o
PSDB fará uma análise jurídica e política do caso e deve pedir abertura de
inquérito ao Ministério Público.
Ontem CarlosLupi solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, que a Polícia Federal seja acionada para apurar as denúncias de
desvios de recursos da pasta. Segundo Veja, o PDT teria transformado o setor de
controle da pasta em instrumento de extorsão de ONGs, parlamentares e
servidores públicos, com propinas que chegariam a 15% do valor cobrado por
cursos de capacitação profissional.
O ministro afastou o
assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral do programa
Qualificação e apontado como o operador do suposto esquema. Lupi divulgou nota
na qual afirmou que "não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos
públicos" e abriu sindicância para apurar a existência de irregularidades
neste setor do ministério.
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