DEPOIS DE
DENUNCIADO POR JORNAL SUPREMO RETIRA DO AR GASTOS DE MINISTROS COM PASSAGENS
AÉREAS E FAZ TRIAGEM NA LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO
"O Supremo Tribunal Federal , após denuncia publicada no
jornal O Estado, retirou do ar os gastos com viagens, reformas e diárias que foram revelados pela imprensa. o Supremo Tribunal Federal (STF) não só recuou e
tirou do site informações sobre despesas com passagens aéreas usadas pelos
ministros , mas passou a fazer triagens
sobre o que pode ou não ser divulgado por meio da Lei de Acesso à Informação
(LAI).
O tribunal alega que ainda não regulamentou o cumprimento da
Lei, mesmo estando a legislação em vigor há praticamente um ano e meio. A
regulamentação dependeria da Comissão de Regimento do tribunal. Não há previsão
de quando a comissão se reunirá para tratar do assunto.
O argumento passou a ser usado depois que o Estado mostrou,
por exemplo, que ministros usaram passagens para viajar ao exterior acompanhado
das mulheres, como o vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, inclusive
durante o recesso de fim de ano. Os dados mostravam também que o presidente do
STF, Joaquim Barbosa, viajava com passagem do tribunal mesmo estando de licença
médica.
As informações estavam disponíveis no site do tribunal e foram retiradas depois da publicação, sob o argumento de que haveria
imprecisões nos dados e que voltariam a ser publicados em agosto.
Até agora, as informações sobre viagens antigas não voltaram
ao ar, e o tribunal parou de divulgar gastos das viagens mais recentes dos
ministros.
O tribunal, na época, informou que os ministros dispõem de
cota de passagem que podem usar livremente. Entretanto, a Corte recusa-se a
divulgar qual o valor dessa cota e qual o instrumento legal pelo qual foi
definido.
Nos últimos meses, o tribunal também negou acesso a
informações sobre o registro de advogados e agentes públicos que estiveram no
STF e para quais gabinetes se encaminharam. Esse tipo de informação já foi
divulgada por outros órgãos públicos também por meio da Lei de Acesso.
O STF recusou-se a
passar os dados "por se tratar de tema afeito à segurança do Supremo
Tribunal Federal". A Corte negou-se também a informar quanto gasta
anualmente em recursos públicos com despesas médicas de ministros, informação
que é prestada regularmente pelo Senado, por exemplo.
Na gestão do ministro Carlos Ayres Britto nenhum dado era
divulgada por meio da Lei de Acesso à Informação sob o argumento de que faltava
regulamentação. Quando Joaquim Barbosa foi empossado, mesmo sem a
regulamentação, algumas informações passaram a ser divulgadas. Foi possível
saber que o Supremo gastou mais de meio milhão de reais para reformar dois
apartamentos funcionais que seriam ocupados por ministros do tribunal.
O Estado perguntou ao Supremo, na terça-feira, quando a lei
seria regulamentada, quais dados podem ou não ser divulgados e quando os gastos
com passagens aéreas serão novamente publicados. O tribunal, porém, não se
manifestou".





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