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Ano 6 - Edição 2451-

- Março

2016 -

Fortaleza-Ceará-Brasil

sábado, 18 de janeiro de 2014

"NOSSA DOR NÃO É ESPETÁCULO" - REPORTAGEM EM TV ,SOBRE ESTUPRO DE MENINA DE 9 ANOS GERA PROTESTO E ATO PUBLICO: Após caminhada e ato público em repúdio aos programas policiais, foi realizado quarta-feira (15), por entidades e movimentos sociais que já articulam nova manifestação para o dia 14 de fevereiro, na Câmara Municipal de Fortaleza, quando serão abertos os trabalhos legislativos de 2014.

NOSSA DOR NÃO É ESPETÁCULO: ENTIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS PROTESTAM EM ATO PÚBLICO CONTRA  OS PROGRAMAS POLICIAIS E O SENSACIONALISMO EM NOME DA AUDIÊNCIA
Após caminhada e um ato público em repúdio aos programas policiais, realizado quarta-feira (15), por entidades e movimentos sociais , eles  já  articulam nova manifestação para o  dia 14 de fevereiro, na Câmara Municipal de Fortaleza, quando serão abertos os trabalhos legislativos de 2014.

Representantes de diversas entidades e movimentos sociais participaram na tarde de quarta-feira (15), em Fortaleza, de caminhada e ato público em repúdio aos programas policiais. A manifestação denominada Nossa Dor Não é Espetáculo foi uma das medidas articuladas após a exibição, no último 7, ao meio dia, de uma reportagem de 17 minutos contendo cenas do estupro de uma menina de 9 anos.

A matéria foi veiculada no programa policial Cidade 190, da TV Cidade, afiliada da Rede Record no Ceará. A caminhada começou na Praça Portugal, na Aldeota, e seguiu pela Avenida Desembargador Moreira até a sede da emissora, onde houve o ato público.

“Não se trata, contudo, de um caso isolado. Desde 1990, quando o primeiro programa policial produzido no Ceará foi ao ar, assistimos, diariamente, violações de direitos de toda ordem: apelo à violência, criminalização da pobreza, exposição e ridicularização de vítimas e agressores. Até onde pode chegar o abuso e a irresponsabilidade ‘jornalística’ de um canal de TV através de seus programas policiais?”, diz um trecho da nota assinada pelas entidades e movimentos sociais,  e distribuída durante a manifestação (conheça o texto na íntegra no final desta notícia).

O ato e a nota, bem como denúncias a orgãos como Ministério Público, Ministério das Comunicações, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e outros foram deliberações aprovadas em reunião no último dia 9 no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca-Ceará) em Fortaleza. Participaram representantes de cerca de 35 entidades. Logo após a repercussão negativa da exibição da matéria com as cenas de estupro, a TV Cidade divulgou nota informando que exibiu as imagens a pedido do pai da menina.
Pior programa

Com cartazes coloridos, os manifestantes ocuparam parte da pista da Avenida Desembargador Moreira, ganhando o apoio de pessoas que passavam. Uma delas, a auxiliar de consultório odontológico, Fátima Matias, contou que não tem o hábito de assistir aos programas policiais. Mas, por coincidência, viu a reportagem sobre o estupro da menina. “As imagens são fortes e eles ficaram repetindo várias vezes”. Na opinião dela, os programas policiais mostram  violência demais, podem até continuar existindo mas sem dar tanta ênfase às cenas de violência.

Em frente à TV Cidade, os manifestantes colaram cartazes na grades de proteção da emissora com dizeres como “exploração sexual de criança e adolescente é crime; mostrar as imagens também”, “controle social não é censura”, “fim dos programas policiais” e o slogan do evento “nossa dor não é espetáculo”. O ato teve momento de irreverência com a entrega simbólica do Troféu Carniça ao Cidade 190, considerado pelos manifestantes o ‘pior programa policial’.
Comunicação e Direitos Humanos
A
 advogada Nadja Bortolotti, integrante da coordenação colegiada do Cedeca-Ceará, disse que a entidade vem acompanhando a mídia no que diz respeito à questão dos direitos da criança e do adolescente e, nesse monitoramento, foi observado que não são violados somente esses  direitos mas os direitos humanos em geral. É consenso a necessidade de mudar esse quadro.

Para presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará, Samira Castro, não dá mais para, na hora do almoço, às famílias receberem desses programas cenas como as do estupro do menina, cadáveres na rua, sangue e toda sorte de violências.  Segundo Samira, esses programas “ditos jornalísticos” não o são. “São entretenimento de mau gosto”. Ela defende o fim desse tipo de programa. Considera que casos policiais sejam tratados em programas jornalísticos obedecendo critérios realmente do jornalismo. Advertiu ainda sobre a necessidades das emissoras de TV cumprirem à classificação indicativa por faixa etária.

Raquel Dantas, do Coletivo Inter vozes, também manifestou opinião a favor do fim desses programas “pautados pela violação dos direitos humanos”. Informou que já foi feito um documento a ser encaminhado ao Ministério das Comunicações denunciando os abusos, como a exibição das cenas de estupro da criança de 9 anos.
Com cartazes coloridos, os manifestantes ocuparam parte da pista da Avenida Desembargador Moreira, ganhando o apoio de pessoas que passavam. Uma delas, a auxiliar de consultório odontológico, Fátima Matias, contou que não tem o hábito de assistir aos programas policiais. Mas, por coincidência, viu a reportagem sobre o estupro da menina. “As imagens são fortes e eles ficaram repetindo várias vezes”. Na opinião dela, os programas policiais mostram  violência demais, podem até continuar existindo mas sem dar tanta ênfase às cenas de violência.

Ato na Câmara Municipal

Outra manifestação de repúdio aos programas policiais está programada para o dia 14 de fevereiro, na Câmara Municipal de Fortaleza. O apresentador do programa Cidade 190, Vitor Valim, é vereador.

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