DILMA DIZ QUE NÃO SE INCOMODA COM “JULGAMENTOS
APRESSADOS E CONCLUSÕES PRECIPITADAS”
A presidente Dilma rompeu o silencio depois dos sucessivos
ataque que vem recebendo de seus opositores e até mesmo de sua base aliada.Falando
sobre economia pela primeira vez, desde o rebaixamento da nota de crédito do
Brasil pela Standard & Poor's, Dilma
Rousseff reafirmou no sábado,(29), seu
compromisso com a estabilidade macroeconômica .
A presidente disse ainda que se abala com "julgamentos apressados e
conclusões precipitadas", que, segundo ela, serão desmentidos pela
realidade.
-Assumimos essa tarefa como um compromisso inarredável com o
nosso povo, com a nossa história, com as forças produtivas e com os
investidores que aqui vêm, nacionais e internacionais. Este compromisso não
será alterado", disse Dilma para os presentes à abertura da reunião anual
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe, na Bahia. e E continuou:
"Tampouco nos abalaremos com julgamentos apressados e por conclusões
precipitadas, que a realidade desmentirá".
A frase é uma resposta direta, na interpretação de aliados políticos,
à agência de risco, que rebaixou a nota do Brasil , no início da
semana. Mas Dilma não citou nominalmente
a S&P.
Para Dilma, o pais , deve
seguir com a modernização do Estado e da
economia.
“Estamos convencidos da absoluta necessidade de preservar a solidez
dos fundamentos macroeconômicos do País", afirmou a presidente.
Dilma Rousseff disse
ainda que nos últimos 11 anos o Brasil
se tornou a sexta economia do mundo e atingiu a estabilidade macroeconômica,
com inflação estável, contas fiscais robustas e grandes reservas
internacionais. Em seu discurso, ela disse ainda que hoje o Brasil é
"menos desigual, mais inclusivo e gerador de emprego e oportunidades para
os cidadãos".
Dilma afirmou também que o País não abrirá mão da solidez da
economia e da inclusão social.
-Continuaremos agindo para manter o País no rumo certo, sem
abdicar do compromisso com a solidez da economia e a inclusão e o desenvolvimento
social e ambiental do País, afirmou.
A presidente afirmou
ainda que “o governo vai trabalhar para que a inflação não supere a meta este
ano “.
– A inflação está há dez anos dentro dos limites definidos
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Será assim em 2014. Nos últimos anos
reduzimos a relação dívida do setor público sobre o PIB. Essa trajetória,
asseguro, também será mantida , disse e citou as reservas internacionais como "lastro
confortável e seguro contra a volatilidade”.
PARA LULA, DILMA DEVERIA
SAIR DA DEFENSIVA E ATACAR SEUS ADVERSÁRIOS.
BRASÍLIA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a
dirigentes do PT que a presidente Dilma Rousseff precisa sair da defensiva e
dar "caneladas" nos adversários. Na sua avaliação, Dilma deve
aproveitar o fim da reforma ministerial para mudar radicalmente o modelo de
articulação política com o Congresso.
-A Dilma é que nem o Tite. Não deixa o time jogar, disse
Lula, se referindo ao técnico que
comandou o Corinthians de 2010 a 2013. Tite conquistou todos os títulos
possíveis - incluindo a Libertadores e o Mundial, em 2012 -, mas deixou o clube
com fama de preferir a retranca, às jogadas individuais, o que o levou à 10.ª
posição e ao recorde de empates num Campeonato Brasileiro, 17 em 38 partidas.
Sempre foi comum ao ex-presidente, essas metáforas alusivas
ao futebol, mas que trazem uma lição para o campo político. E são essas imagens
e semelhanças entre política e futebol, que
Lula se sente à vontade para comparar o governo Dilma am atuação do seu time do
coração , o Corinthians.
Para ele, é nesse momento em que o Planalto é ameaçado pela CPI
da Petrobrás, que a popularidade de
Dilma cai, e uma agência internacional
rebaixa a nota de crédito do Brasil. O ex-presidente não esconde sua agonia com a sucessão de más notícias.
O ex-presidente Lula foi um dos padrinhos da indicação do
deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que na terça-feira substituirá Ideli Salvatti
na Secretaria de Relações Institucionais.
-Daqui a pouco eu não consigo falar aqui nem com o porteiro
da Casa Civil, disse Ideli, de malas prontas para a pasta de Direitos Humanos,
após várias tentativas infrutíferas de se comunicar com o chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, na semana passada.
RACHA ENTRE ALIADOS
Na iminência de um racha entre os aliados do governo no
Congresso, “Berzoini dividirá a articulação política com Mercadante e terá a
missão de pacificar a Câmara, onde o PT está revoltado e o PMDB que lidera um grupo de insatisfeitos batizado de
"blocão" .
Lula , em reuniões com coordenadores da campanha de Dilma, tem dito que sua sucessora precisa dar mais atenção ao mundo político e empresarial, se quiser ser reeleita.
Para Lula , Dilma necessita delegar tarefas, romper o
isolamento e deixar os ministros trabalharem com autonomia, pois só assim
vencerá a batalha da comunicação. E dá a sua formula mágica para um quadro político igual a este:
- A equipe
de Dilma deve sintonizar o discurso e reagir de forma dura, na linha
"bateu, levou", à ofensiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), adversários do PT na disputa
pela Presidência.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT), ex-chefe da Casa Civil,
dando o tom da estratégia do governo para implodir a CPI, disse:
-Nós não temos nada a esconder numa CPI da Petrobras, mas
lamentamos que ela seja usada para palanque eleitoral. Aliás, estranhamos que a
oposição não tenha a mesma veemência para investigar denúncias no metrô de São
Paulo e no porto de Suape, em Pernambuco, afirmou.
Os sete pontos que
registram a queda da popularidade de
Dilma e de sua gestão, apontada na última pesquisa CNI/Ibope, foi o ingrediente
que entornou o caldo de preocupações petistas e fez ressuscitar o coro do
"Volta, Lula".
De fevereiro a março, o índice de eleitores que consideraram
o governo bom ou ótimo caiu de 39% para 36%, mas a queda em relação a novembro
foi de 7 pontos. É um patamar próximo do registrado nos protestos de junho. Até
beneficiários do Bolsa Família , esquecidos da fome e miséria do passado, demonstraram
insatisfação com Dilma.
“Empresários, políticos e sindicalistas que têm conversado
com Lula saem com a impressão de que até hoje ele não desencarnou totalmente do
governo e sofre no banco de reserva. Mesmo assim, antes de viajar para a
Espanha, na quarta-feira, o ex-presidente jogou um balde de água fria em quem o
sondou sobre a possibilidade dele sair
candidato.
-Não existe isso. Vou fazer campanha para Dilma de manhã, de
tarde e de noite", prometeu Lula.
Indagado por repórteres se realmente havia pendurado as
chuteiras , o ex-presidente disse que “
o futuro a Deus pertence”. E bem no estilo que lhe é peculiar, deu um sorriso e afirmou:
-Se me encherem muito o saco, volto em 2018! Disse.
FONTE:WEB E ESTADÃO.EDIÇÃO: JM




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