DE POLÍTICOS
O candidato à Presidência Eduardo Campos morreu quarta-feira (13) , num acidente de avião. Campos foi deputado federal e
governou Pernambuco por dois mandatos.
O ex-governador Eduardo Campos completou 49
anos no ultimo domingo. Morreu como viveu : fazendo politica e no dia em que também
faleceu, em 2005, seu avó Miguel Arrais: 13 de agosto. Nasceu no Recife em 10
de agosto de 1965. Ele era casado e pai de cinco filhos. Filho do poeta
Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de Contas da
União Ana Arraes, Campos se formou em economia na Universidade Federal de
Pernambuco, onde atuou como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade.
O contato com a política começou cedo, em 1986,
quando trabalhou ativamente na campanha que elegeu seu avô, Miguel Arraes, ao
governo de Pernambuco. Na época, Campos tinha apenas 21 anos. Quatro anos
depois, em 1990, ele se filiou ao PSB.
Em 1994, com apenas 29 anos, foi eleito deputado
federal, cargo para o qual foi reeleito em 1998 e em 2002. No início do
terceiro mandato como deputado, Campos se aproximou do então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, ajudando a mobilizar a base governista para aprovar a
Reforma da Previdência.
Em janeiro de 2004, foi nomeado por Lula ministro
de Ciência e Tecnologia, onde trabalhou pela aprovação da lei que autoriza
pesquisas com células-tronco embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos foi
eleito governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos votos
válidos e foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à frente do estado foi marcada pelos
esforços em modernizar industrialmente a região. Durante a maior parte dos dois
mandatos, Campos apoiou os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da
presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele passou a reforçar críticas ao governo
de Dilma, especialmente com relação à gestão da economia e à aliança com o
PMDB. Em 18 de setembro do ano passado, o PSB entregou os cargos no governo
federal, inclusive o comando do Ministério da Integração, e passou a se
posicionar de forma independente nas votações. A decisão de se afastar do
governo e lançar candidatura própria motivou a saída do partido e filiação ao
PROS do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão dele, Ciro Gomes.
Em outubro, Eduardo Campos se aliou à ex-senadora
Marina Silva na disputa presidencial, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
rejeitar o registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela tentava criar
para concorrer às eleições. Em 4 de abril deste ano, Eduardo Campos renunciou
ao governo de Pernambuco para se dedicar à campanha para a Presidência da
República.
Em 28 de junho, em aliança com outros cinco partidos, o PSB oficializou a candidatura de Campos à Presidência e de Marina Silva à vice-presidência. Na campanha, Campos e Marina apresentaram uma série de propostas, como escola em tempo integral, passe livre para estudantes de escola pública e disseram ser possível reduzir a inflação para 3% até 2018.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de voto. Fonte : G 1 (assinante Globo .com)
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