CONTOS PARANORMAIS
UMA HERANÇA ATÁVICA? O NOVO CONTO DE GABRIEL PONTES
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ÓRION LIMA |
A paranormalidade é um velho dom de nossa família. Vem de bisavós, avós, mãe,
pai, irmãos, tios, como um rastilho de pólvora que até então, na quarta
geração, esbarrava no preconceito católico, ou era aceito com restrições,
principalmente se se buscasse explicações para esses “fenômenos”, no Espiritismo de Allan
Kardec.
Agora, escrever contos espiritualistas ou paranormais, é um fato bem
recente, entre nós, que começou com a ousadia de mergulhar nos mistérios do
espirito e do Sagrado, na TRILOGIA DE MIM MESMO, nos livros editados pela
Saraiva , na coleção digital, em 2013.
Das Coisas, da Vida e da Morte e,
de Chico Asa Baixa ( editado pela Prêmius Editora, em 2012 ); Histórias da Crucificação e, Viagens – Sodoma pede Socorro , no ano
seguinte, na Coleção e- Books, que compõem a TRILOGIA – assume de vez historias
paranormais, sem medos dos clichês e dos ranços “religiosos”.
O mesmo caminho esta sendo trilhado pelo jovem escritor Gabriel Pontes, que vem vencendo seus medos e arrancando do fértil terreno
da mediunidade , a criação desse celeiro de histórias que ainda fazem parte
das mil e uma noites de terror, tão bem explorados por Hollywood e por escritores
como Edgard Allan Poe, entre outros.
Vencer o medo e falar da morte, da transitoriedade e das dúvidas que
ainda permeiam a consciência humana sobre, alma /espirito, ( Santo Agostinho),
na realidade, precisa de muita coragem,
pois o assunto assombra as legiões de espíritos
encarnados que disputam a vida sensiente e consciente no planeta .
Quando escrevi meu primeiro conto sobre um tema espiritualista ( Das Coisas
da Vida e da Morte), não tinha muita cultura kardecista e o filme GHOST (Do Outro Lado da Vida ou O Espírito do Amor -
filme norte- americano de 1990,
do gênero romance, dirigido por Jerry Zucker), não tinta sido criado.
A ideia da transcendência do espirito depois da morte me surgiu de um
acidente que presenciei na Cinelândia, no Rio de Janeiro, em 1968. O conto
depois foi reescrito e aprimorado e publicado 44 anos depois.
Agora, lendo um novo conto de Gabriel Pontes deparo-me com a temática dos
nossos medos ancestrais, vejo com que naturalidade ele tece a teia de suas
histórias paranormais, deixando-nos perplexos, a exemplo de seu ultimo conto, “0s
vagões da linha 777”.
Verdade, mentira,
ficção? Para responder essas indagações você precisa ler e andar sem medo pelos
sete vagões de um trem em sua última
viagem.
Publicado em 14/09/2014 por gpontes
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GABRIEL PONTES |
Pelo que percebeu das longas filas
que se formavam até onde a vista alcançava, ele não estava na matéria – mesmo
que fosse estranho para ele estar como matéria no mundo dos espíritos. Isso
nunca foi menos assustador mesmo depois de tanto tempo tentando trabalhar sua
paranormalidade. De toda forma, estava estranhamente confortável, talvez
conseguisse agir naturalmente por saber que a vida pós morte era real.
Revisão: Gabriela Rocha
CONTO NA INTEGRA EM JM LITERATURA OU: gabrielpontes.com
LINK http://jmjornaldomunicipio.blogspot.com.br/p/literatura.html
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