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BATE-BOCA ENTRE MINISTROS,
NO SUPREMO, ENCERRA PRIMEIRA ETAPA DE
VOTAÇÕES SOBRE FORMAÇÃO DE QUADRILHA NO MENSALÃO
Brasília -O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a sessão
de julgamento dos recursos do mensalão , quarta-feira (26), e, até o momento,
quatro ministros votaram a favor da absolvição de oito condenados pelo crime de
formação de quadrilha. Apenas o ministro Luiz Fux, relator dos recursos, votou
por manter as condenações determinadas pela Corte.
O julgamento será retomado na quinta-feira (27), às 10 horas,
e já se espera um novo clima tenso, como
o que ocorreu ontem , com intenso bate-boca entre ministros, inclusive , com o presidente da casa, ministro Joaquim Barbosa.
O motivo foi a a derrubada da condenação por formação de quadrilha , pelo
ministro Luís Roberto Barroso. Já anteciparam seus votos Ricardo Lewandowski,
Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
Com mais dois votos ,
os de Teori Zavascki e Rosa Weber, essa punição será derrubada para oito
condenados , trazendo como consequência, o direito do ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do
partido, Delúbio Soares, de cumprir pena em regime semiaberto, o que na prática
permite-lhes trabalhar fora da cadeia em
Brasília.
A sessão transcorria tranquilamente durante o longo voto do
ministro Luiz Fux. O relator votou por manter a punição por formação de
quadrilha dos oito condenados.
O ministro Luís Roberto Barroso abriu a divergência e votou
pela rejeição da condenação. Segundo ele, não houve crime de formação de
quadrilha, mas sim coautoria dos envolvidos no escândalo do mensalão.
Durante
seu voto, numa posição radical, ele chegou a defender a extinção das punições
porque o crime contra os oito condenados prescreveu.
Roberto Barroso afirmou ainda que houve
"desproporção" e "irrazoabilidade" na aplicação das penas
no julgamento realizado em 2012.
"Não se
justifica o emprego do tipo penal de quadrilha como um adicional punitivo,
quase uma correção monetária dos outros crimes, cujas penas não seriam da
intensidade desejada pelo aplicador", disse.
O ministro disse ainda que, se no caso de Dirceu e dos
demais condenados a pena de formação de quadrilha tivesse o mesmo padrão das
outras punições, os crimes estariam prescritos. No caso do crime de formação de
quadrilha, a pretensão de se punir seria extinta em dois anos no julgamento do
processo do mensalão.
Foi aí que começou o
bate-bocas. O presidente do Supremo e relator original da ação, Joaquim
Barbosa, interveio no meio do voto de Barroso.
"Em que dispositivo do Código Penal está esses
dispositivos tarifários?", questionou. "Eu pergunto à Vossa
Excelência onde está no Código Penal que um determinada pena tem que aplicar um
aumento de 20%, 40% e 50%", afirmou.
Roberto Barroso continuou o voto e citou exemplos de outros
julgamentos semelhantes em que o Supremo não teria, segundo ele, aplicado penas
tão discrepantes para condenações de políticos. Mesmo assim, ele destacou que o
julgamento do mensalão quebrava a tradição de não se punir políticos no pais. E
Joaquim Barbosa mais uma vez interferiu:
"O que não está ocorrendo com a contribuição de Vossa
Excelência", criticou. "É muito simples dizer que o sistema
brasileiro é corrupto, que está na base do funcionamento das instituições e,
quando se tem a oportunidade de usar o sistema política para coibir essas
nódoas, se parte para consolidação daquilo que se aponta como destoante", disse.
No final do voto de Roberto
Barroso, om ministro Joaquim Barbosa
mais uma vez atacou e disse que o voto do colega era "político" e
insinuou que ele chegou à Corte com o voto "pronto".
As essas alturas o bate-boca se instalou-se no plenário e Lewandowski, Toffoli e Cármen
Lúcia afirmaram que iriam acompanhar a posição de Roberto Barroso. Logo em
seguida, o presidente do Supremo encerrou abruptamente a sessão resmungando palavras
i inaudíveis. FONTE DA PESQUISA: WEB, ESTADÃO E REDE GLOBO ( JORNAL NACIONAL).
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