NUVEM LUNAR: CIENTISTAS DA NASA DESVENDAM
O MISTÉRIO
A poeira lunar foi analisada pela sona LADEE
A Lua está permanentemente rodeada por uma enorme camada de
pó, de acordo com dados recolhidos por uma sonda enviada ao satélite natural
terrestre em 2013 pela Agência Espacial Americana (Nasa).
Batizada de LADEE, em inglês, a sonda estudou, por seis
meses, rajadas de partículas que podiam chegar a uma altitude de até 100 km. A
missão terminou em abril de 2014, quando a sonda se espatifou no solo lunar.
'Bombardeio'
Os dados foram analisados recentemente por uma equipe de
cientistas da Universidade do Colorado, nos EUA. E, em um artigo publicado na
revista científica Nature, os especialistas afirmam que a nuvem seria uma
"poluição" causada por cometas: partículas deixadas por corpos
celestes passando pela Lua atingem o solo, pulverizando-se e elevando-se no céu
lunar.
Segundo a equipe de cientistas da Universidade do Colorado,
a camada fica mais grossa todas as vezes em que a Lua e a Terra passam pelas
partículas deixadas por cometas.
Partículas
liberadas por cometas "castigam" a superfície lunar
Segundo o coordenador do estudo, Mihaly Horanyi, a Terra é
bombardeada diariamente por pelo menos 100 toneladas de detritos cósmicos, mas
é protegida pela atmosfera, que desintegra grande parte deles. Na Lua, o volume
diário é de cinco toneladas, mas porque o satélite não tem atmosfera as
partículas se chocam diretamente com o solo, criando a nuvem.
A camada de pó intrigou os cientistas por conta de seu
formato irregular: ela é mais densa em um lado da Lua, mais atingido pelas
partículas.
Este tipo de formação tinha sido detectado pela Nasa nas
luas de gelo de Júpiter, visitadas pela sonda Galileo na segunda metade da
década de 90. Mas os cientistas tinham dúvidas se a lua terrestre, de formação
rochosa, passaria pelo mesmo fenômeno. Esse foi um dos motivos por trás do
projeto
LADEE.
Cientistas veem vantagens no estudo das nuvens de poeira
Cientistas acreditam que vários outros corpos celestes no
sistema solar, de asteroides a luas em outros planetas, também tenham nuvens de
poeira.
Zoltan Sternovsky, cientista também envolvido no projeto,
acredita que futuras missões espaciais poderão estudar esses corpos celestes
sem a necessidade de pousar neles.
"Você pode analisar essas partículas para estudar a
composição dos corpos", afirma. Fonte:Nasa/ BBC DO BRASIL
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